Protótipo de coletor passivo de nanopartículas detectará terras raras
As terras raras são um conjunto de 15 elementos químicos, constituídos pela família dos lantanídeos mais escândio e Ítrio, encontradas na natureza misturadas a minérios. Esses elementos estão cada vez mais sendo usados em indústrias de alta tecnologia. O principal produtor, consumidor e que também dispõe da maior reserva mundial com cerca de 42 milhões de toneladas é a China. O Brasil e Vietnã vêm logo em seguida com reservas de mais de 20 milhões de toneladas. O Brasil tem alto poder de crescimento de extração desse mineral, para isso, são necessários estudos de prospecção.
Ao captar os geogases emanados dos minérios, a nova tecnologia, quando chegar ao seu limiar de desenvolvimento, tem potencial de reduzir a necessidade de sondagens para prospecção mineral, diminuindo os custos operacionais e o impacto ambiental. Há a expectativa de poder se ampliar as áreas pesquisadas com o novo método.
Os protótipos foram projetados pela equipe de Desenvolvimento de Projetos Mecânicos, impressos em Manufatura Aditiva, montados e instalados na Fazenda Tabuleiro, em Novo Horizonte (BA). Diferentes prazos de captação foram considerados para se mensurar o prazo ótimo de coleta. Após a captação dos Nanogeogases, as mostras foram submetidas às devidas análises, com destaque para a Microscopia Eletrônica de Transmissão em Centro Especializado na Universidade Federal de Minas Gerais.
Os experimentos de absorção e coleta de nanopartículas foi bem-sucedido e houve confirmação da presença de alguns elementos de terras raras e traços de outros metais de grande importância na indústria, como cobre e tântalo.
Em uma próxima fase de desenvolvimento, sugere-se fazer algumas adaptações no protótipo que se mostraram importantes, visando melhor performance do coletor. Também se recomenda uma testagem de áreas com quantidade maior de coletores em diferentes estações do ano e realizar-se a comparação das amostras com alguns testemunhos de sondagem nos mesmos locais.
O projeto foi subsidiado em parte pelo EMBRAPII, que atua conjuntamente com o Senai Cimatec no fomento de inovação tecnológica/industrial.
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